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Escola Ana Libória será a próxima “escola de lona” do Governo


Foto: Escola de lona em São João da Baliza – Foto: Arquivo pessoal

A Escola Estadual Ana Libória, no bairro Mecejana, em Boa Vista será a próxima ‘escola de lona’ da gestão de Antonio Denarium (PP) e Edilson Damião (Republicanos).

A unidade está em reforma, executada pela secretaria comandada pelo vice-governador e, este ano, os cerca de 1.200 alunos iniciarão o ano letivo em uma estrutura improvisada sob tendas e lonas, no ginásio da escola.

A reportagem teve acesso a um documento assinado pela gestora da unidade escolar em que ela pede à Secretaria de Educação (Seed) que envie tendas adicionais para a unidade.

Isso porque, durante a reforma, a quantidade de tendas atual é insuficiente para o grande número de alunos.

Escolas de lona

Seguindo o modelo da maternidade de lona, o Governo de Roraima começou a ofertar estruturas de tendas e lonas aos estudantes da rede estadual de ensino em maio de 2023. O contrato inicial para sete escolas da capital e do interior foi de R$ 1.392.000,00 por 40 salas de aula.

Isso porque a Secretaria de Estado da Infraestrutura ainda está reformando várias unidades escolares.

Em dezembro de 2023, o governador decidiu ampliar as escolas de lona. Desse modo, abriu uma nova licitação com valor previsto em R$ 8,2 milhões. Contudo, após a conclusão, o contrato foi firmado em R$ 7 milhões. No início de janeiro, a Secretaria de Educação renovou o contrato pelo mesmo valor.

Lona: a marca da gestão de Denarium

A montagem de estruturas improvisadas de lona em setores do Estado já é uma marca do Governo Denarium, que começou a experiência pela Maternidade Nossa Senhora de Nazareth.

O governador alugou a estrutura improvisada do antigo Hospital de Campanha da Covid-19, enquanto seu vice, Edilson Damião, conduzia a reforma da maternidade.

Denarium prometeu que a situação duraria apenas cinco meses. Entretanto, a reforma do prédio durou três anos. Nesse tempo, a maternidade virou alvo de inúmeras denúncias, tanto pela estrutura, quanto pelo atendimento.

Além disso, o índice de mortalidade materno-infantil esteve acima do índice nacional. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, identificou que, mais de 700 crianças morreram na maternidade entre 2020 e 2023. A unidade funcionou sob tendas e lonas de 2021 a 2024.

Fonte: Da Redação