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Entenda como hotéis no centro de SP eram usados para lavar dinheiro do crime organizado





Operação da Polícia Civil prendeu 14 pessoas e identificou 28 hotéis e pensões usadas no esquema; foram 140 mandados de busca e apreensão



A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (13) uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado que utilizava uma rede de hotéis e pensões no centro de São Paulo.

A terceira fase da Operação Downtown prendeu, até o início da tarde desta quinta, 14 pessoas e apreendeu mais de R$ 27 mil em espécie. Ao todo, foram 140 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça.

As investigações do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) começaram há um ano. Os policiais encontraram 28 hospedagens que eram usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Centro de SP: polícia cumpre 140 mandados de busca contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Os estabelecimentos funcionavam como centros de armazenamento e distribuição de drogas. Além disso, os hotéis compunham uma rede para dar aparência de licitude às atividades da facção criminosa, como explica o secretário da segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

“Foi um trabalho robusto de inteligência policial por parte do Denarc. (Os investigadores) concluíram que o crime organizado faz a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de drogas utilizando de muitas pensões e hotéis clandestinos da região central. Desses hotéis, saíam pagamentos e transações financeiras para outras empresas que, depois, chegavam a empresas que pertenciam a criminosos”, afirma o secretário.

A investigação da polícia paulista levantou o fluxo de capital advindo da prática criminosa e fez uma espécie de raio-x de como o dinheiro chegava em empresas controladas pelo crime organizado a partir de pagamentos fictícios da rede hoteleira . A Justiça ainda autorizou o bloqueio de 26 contas de pessoas jurídicas e físicas envolvidas no esquema.

A primeira fase da Operação Downtown, ocorrida em junho do ano passado, já havia cumprido 27 mandados de busca e apreensão e teve 33 pessoas detidas. Já a segunda fase terminou com cinco presos e R$ 43 mil apreendidos.